08 de dezembro de 2024
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📚 Tudo o que você precisa saber sobre os efeitos colaterais negativos da cannabis medicinal

A maconha medicinal, assim como qualquer tratamento, pode causar efeitos colaterais. Alguns desses efeitos, como o alívio da dor, a melhora no apetite e a qualidade do sono, são considerados benefícios para muitos pacientes. No entanto, também existem efeitos colaterais que podem não ser tão desejáveis. A seguir, apresentamos os efeitos adversos mais comuns associados ao uso de maconha medicinal.

Efeitos Colaterais do THC

Os efeitos colaterais do THC (tetraidrocanabinol) são, em grande parte, os mais evidentes, uma vez que o THC é o principal canabinoide psicoativo presente na cannabis. Quando consumido em doses baixas, de aproximadamente 3 miligramas (mg) ou menos, o THC pode ter efeitos psicoativos mínimos, com uma leve sensação de euforia. Para muitas pessoas, uma dose inicial de 3 mg a 5 mg de THC, especialmente em comestíveis ou tinturas, resulta em um efeito eufórico e relaxante, sem grandes desconfortos. Outra opção é o delta-8 THC, um canabinoide natural que é menos psicoativo que o delta-9 THC, proporcionando um efeito mais suave.

Porém, os problemas surgem quando o THC é ingerido em grandes quantidades, ou muito rapidamente. Abaixo, estão alguns dos efeitos colaterais mais comuns relacionados ao uso de THC:

  • Sonolência ou Letargia: Sensação de cansaço extremo, dificuldade em manter-se acordado.
  • Sensação de Calor ou Frio: Mudanças na percepção térmica, com calor ou frio intensos.
  • Ansiedade ou Paranoia: Aumento da inquietação, desconforto psicológico.
  • Boca Seca: Sensação de boca extremamente seca, falta de saliva.
  • Fome Excessiva ("Larica"): Aumento do apetite de forma descontrolada.
  • Dissociação: Perda da sensação de identidade ou desconexão do próprio corpo.
  • Perda de Memória de Curto Prazo: Dificuldade em lembrar informações recentes.
  • Olhos Secos e Vermelhos: Irritação ocular, com olhos vermelhos e ressecados.
  • Tontura e Náusea: Sensação de vertigem e desconforto estomacal.
  • Aumento da Frequência Cardíaca: Batimentos cardíacos acelerados, sensação de taquicardia.
  • Episódios Psicóticos (Raros): Embora raros, episódios de psicose podem ocorrer, especialmente em pessoas predispostas a condições como esquizofrenia.

É importante notar que os episódios psicóticos são pouco frequentes, mas podem afetar pessoas com predisposição para transtornos psicóticos. Além disso, o uso regular de grandes quantidades de THC pode ter impactos no desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, afetando memória, humor e comportamento devido ao desenvolvimento contínuo do cérebro. Para pessoas adultas acima dos 25 anos, os efeitos de longo prazo do THC ainda não são totalmente compreendidos, embora existam estudos sugerindo que, em doses pequenas, o THC pode ter efeitos neuroprotetores em indivíduos mais velhos.

Além disso, consumir cannabis por via oral (comestíveis) tende a resultar em efeitos mais duradouros e intensos em comparação com outros métodos de ingestão, como fumar ou vaporizar. Estes últimos têm efeitos mais rápidos, mas não são considerados os métodos mais saudáveis. Produtos como tinturas, adesivos transdérmicos, supositórios e inaladores oferecem uma liberação mais controlada de THC, porém, nem todos os produtos disponíveis garantem uma dosagem precisa e consistente.

Como Minimizar os Efeitos Colaterais do Excesso de THC

Felizmente, os efeitos colaterais do THC, por mais desconfortáveis que sejam, não são fatais. Para reduzir os sintomas, algumas estratégias podem ser eficazes:

  • Hidratação Adequada: Beber água ajuda a aliviar a boca seca e outras reações adversas.
  • Alimentação Adequada: Comer bem pode ajudar a estabilizar os efeitos do THC.
  • Relaxamento: Manter-se calmo e evitar preocupações pode diminuir a intensidade de efeitos indesejáveis como a ansiedade.

Além disso, muitas pessoas recorrem à pimenta-do-reino, rica em pineno e beta-cariofileno, para reduzir a ansiedade e atenuar os efeitos negativos do THC. O CBD (canabidiol) também é comumente utilizado para neutralizar os efeitos do THC. Tomar uma quantidade equivalente de CBD em relação ao THC pode ajudar a minimizar a ansiedade induzida pelo THC e suavizar os efeitos psicoativos.

Porém, embora o CBD possa reduzir os efeitos de paranoia, ele também pode prolongar o tempo de ação do THC, e em doses pequenas, pode atenuar a sensação de euforia sem eliminar completamente os efeitos psicoativos. Outra opção é o THCV (tetraidrocanabivarina), que pode ajudar, mas em doses elevadas, ele também se torna psicoativo, o que torna o controle mais difícil.

No geral, como com qualquer medicamento, a dosagem é fundamental. A chave para evitar efeitos colaterais desagradáveis do THC é consumir a dose certa para suas necessidades e condições específicas.

Efeitos Colaterais do Canabidiol (CBD)

O canabidiol (CBD) é um composto fascinante, especialmente por não ser psicoativo no mesmo sentido que o THC. Embora o CBD tenha efeitos fisiológicos, esses efeitos não alteram significativamente a percepção, o que o torna uma opção popular para aqueles que buscam benefícios terapêuticos sem os efeitos psicoativos do THC.

No entanto, como qualquer substância, o CBD pode apresentar alguns efeitos colaterais, embora geralmente sejam leves. Alguns dos efeitos colaterais potenciais incluem:

  • Pressão Arterial Baixa: O CBD pode causar uma diminuição na pressão sanguínea, o que pode levar a tonturas ou sensação de desmaio, especialmente em doses mais altas.
  • Sonolência ou Insônia: Dependendo da dose e do momento de uso, o CBD pode causar sonolência em algumas pessoas, enquanto em outras, pode induzir uma sensação de vigília excessiva ou até nervosismo.
  • Aumento das Convulsões: Há evidências limitadas de que o CBD de má qualidade, especialmente os produtos à base de cânhamo, possa aumentar a taxa de convulsões em pessoas com epilepsia, embora isso seja raro e geralmente relacionado à qualidade do produto.
  • Diminuição da Temperatura Corporal: O CBD pode ter um efeito de resfriamento no corpo, levando a uma leve queda na temperatura.
  • Efeitos em Pacientes com Parkinson: Alguns pacientes com Parkinson podem experimentar um aumento nos tremores ao usar CBD.
  • Aumento da Pressão Ocular: Altas doses de CBD podem causar um aumento na pressão ocular, o que é particularmente preocupante para indivíduos com glaucoma.

No entanto, o principal efeito colateral do CBD não é necessariamente físico, mas sim o impacto que ele pode ter em interações medicamentosas. O CBD tem a capacidade de inibir a atividade de certas enzimas hepáticas, responsáveis por metabolizar diversos medicamentos e substâncias. Isso pode alterar a forma como o corpo processa outros medicamentos, potencializando ou reduzindo seus efeitos, o que pode levar a interações negativas.

Embora os efeitos colaterais fisiológicos do CBD sejam geralmente leves e transitórios, a preocupação principal para muitas pessoas envolve as interações medicamentosas, que podem ser significativas em pacientes que usam outros medicamentos regularmente. É sempre importante consultar um profissional de saúde especialista antes de iniciar o uso de CBD, especialmente para aqueles que estão em tratamento para condições crônicas ou que fazem uso de medicamentos de prescrição.

Ainda há uma falta de estudos sobre os efeitos de longo prazo do CBD, mas pesquisas atuais sugerem que, para a maioria das pessoas, ele é bem tolerado e seguro, com efeitos colaterais mínimos e raros.

Óleo de Canabidiol: Efeitos Colaterais

O óleo de canabidiol (CBD) tem se tornado um popular aliado para diversas condições de saúde, como ansiedade e dor crônica. No entanto, como qualquer medicamento, pode apresentar efeitos colaterais. Os efeitos mais comuns incluem sonolência, boca seca e leves quedas na pressão arterial. Embora o CBD seja geralmente bem tolerado, é importante começar com doses baixas para observar como o corpo reage. Em casos raros, o uso de CBD pode afetar o funcionamento do fígado ou causar interações com outros medicamentos. Sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar o uso do óleo de CBD.

Efeitos Colaterais do Canabidiol em Idosos

O canabidiol tem mostrado benefícios terapêuticos em muitas condições que afetam os idosos, como dor crônica, insônia e ansiedade. No entanto, é essencial que os idosos tomem precauções ao usar CBD, pois eles podem ser mais sensíveis aos seus efeitos. Entre os efeitos colaterais mais comuns em idosos estão sonolência excessiva, diminuição da pressão arterial e, em alguns casos, aumento dos efeitos sedativos de outros medicamentos. Consultar um profissional de saúde especialista é fundamental, pois o CBD pode interagir com outros medicamentos usados para controlar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

Canabidiol para Ansiedade: Efeitos Colaterais

O canabidiol tem sido amplamente utilizado no tratamento da ansiedade devido às suas propriedades ansiolíticas. No entanto, o uso de CBD pode resultar em alguns efeitos colaterais. Os mais comuns incluem cansaço, sonolência, boca seca e diminuição da pressão arterial. Embora o CBD seja geralmente bem tolerado, em algumas pessoas pode causar um aumento temporário da ansiedade, principalmente em doses mais altas. Começar com uma dose baixa e ajustar gradualmente pode ajudar a minimizar esses efeitos. Como sempre, é recomendável buscar orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento com canabidiol.

O que Corta o Efeito do Canabidiol?

O efeito do canabidiol pode ser influenciado por diversos fatores, como a dose utilizada, o metabolismo de cada pessoa e a interação com outros medicamentos. Certos alimentos, como aqueles ricos em gordura, podem aumentar a absorção do CBD, enquanto outros, como o álcool, podem potencialmente reduzir seus efeitos. Além disso, o uso simultâneo de medicamentos que afetam o sistema enzimático do fígado, como alguns antidepressivos e anticonvulsivantes, pode diminuir os efeitos do CBD. Se você sentir que o efeito do canabidiol está sendo cortado, consulte seu médico para ajustar a dose ou explorar outras opções de tratamento.

O que é uma Ressaca de Cannabis?

A cannabis normalmente não é associada a ressacas, pelo menos não da mesma forma que o álcool. Afinal, você não costuma experimentar dores de cabeça, náuseas/vômitos e desidratação, sintomas típicos do consumo de álcool. No entanto, quem usa cannabis com regularidade pode perceber que os efeitos residuais da substância podem ser sentidos no dia seguinte.

Muito raramente, uma ressaca de cannabis é dolorosa (dores de cabeça e náuseas são possíveis, mas não comuns), mas o esquecimento e a sensação de "nevoeiro mental" são frequentemente experimentados. Geralmente, a melhor forma de lidar com uma ressaca de cannabis é manter-se hidratado, respirar ar fresco e praticar algum tipo de atividade física. Chá verde pode ajudar, assim como alimentos picantes, mas isso é uma recomendação anecdótica e pode variar de pessoa para pessoa.

A Cannabis é Viciante?

A cannabis não é fisicamente viciante, embora cerca de 9% dos usuários regulares possam desenvolver um vício psicológico chamado transtorno de abuso de cannabis.

O uso ocasional não parece ser viciante, e mesmo o uso regular não representa uma grande preocupação para a maioria dos adultos jovens, no que diz respeito ao controle do consumo. De maneira geral, a cannabis é muito menos viciante do que o álcool, o tabaco, os benzodiazepínicos, os opioides e, alguns diriam, até o café!

A idade parece ser um fator relevante quando se trata do transtorno de abuso de cannabis. Aqueles que começam a usar cannabis (e, em particular, variedades com alto teor de THC) na adolescência têm maior chance de desenvolver esse transtorno. De fato, cerca de 18% das pessoas que começam a usar cannabis na adolescência desenvolvem o transtorno.

Os indivíduos que sofrem de vícios tendem a ter níveis reduzidos de receptores de dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar. O THC aumenta a produção de dopamina, e o uso regular de grandes quantidades de THC pode diminuir a reatividade da dopamina no cérebro. No entanto, diferentes canabinóides afetam a dopamina de maneiras diversas, e fazem isso de forma distinta de substâncias como cocaína ou álcool.

Nem todos os canabinóides são psicoativos, por isso não apresentam grande potencial de abuso. Com o THC, a quantidade de dopamina liberada é geralmente muito menor do que com outras substâncias de abuso, e parte de seus danos pode ser atenuada por outros canabinóides e terpenos. A maior parte do potencial de abuso associado à cannabis parece vir do uso não médico de variedades de cannabis com alto teor de THC durante a adolescência.

É Possível Overdose de Cannabis?

Quando se trata dos fitocanabinoides naturais produzidos pela planta de cannabis, o risco de uma overdose fatal é teoricamente muito baixo, caso a cannabis seja consumida isoladamente. Para causar uma resposta letal, seria necessário consumir cerca de 680 kg de cannabis! O sistema endocanabinoide (SEC) quebra os canabinoides rapidamente, evitando que níveis perigosos sejam atingidos.

No entanto, com os canabinoides sintéticos, a overdose é possível. Alguns tipos de canabinoides sintéticos podem interferir nos processos essenciais do corpo humano, prejudicando o SEC. Como o SEC está intimamente envolvido na homeostase do corpo, desensibilizar ou desativar a parte errada dele pode causar sérios problemas de saúde ou até levar à morte.

Por esse motivo, é importante ter muito cuidado com os canabinoides sintéticos, mesmo em ambientes clínicos. Produtos vendidos como "incensos" ou "alternativas herbais" à cannabis, frequentemente pulverizados com canabinoides sintéticos, devem ser evitados, pois não devem ser comparados à cannabis natural de forma alguma.

Existem Outros Efeitos Colaterais Potenciais da Cannabis?

Infelizmente, ainda não sabemos o suficiente sobre a farmacologia de todos os canabinoides para determinar como cada um nos afeta, especialmente a longo prazo. A situação se complica ainda mais quando misturamos diferentes canabinoides e terpenos, já que todos eles influenciam o comportamento dos outros. Por exemplo, altas doses de CBG podem causar náusea e bloquear os efeitos antieméticos do THC.

Outro problema raro, mas sério, é a síndrome de hiperêmese canabinoide (CHS), que afeta principalmente usuários diários de cannabis a longo prazo. A CHS causa náuseas e vômitos persistentes. Até agora, o THC é o canabinoide mais implicado no desenvolvimento da CHS, sendo que ela ocorre com consumo regular e intenso de cannabis. Curiosamente, a CHS não está associada ao consumo de canabinoides não aquecidos.

A Pessoa Pode Ser Alérgica à Cannabis, ou a Canabinoides e Terpenos Específicos?

Sim, é possível que alguém tenha uma alergia à cannabis. Algumas pessoas podem ser alérgicas ao pólen da planta, enquanto outras podem ser alérgicas a um terpene, terpenoide ou outro composto específico presente na cannabis.

Quanto aos canabinoides em si, é totalmente possível que uma pessoa seja particularmente sensível, alérgica ou intolerante a um canabinoide específico ou a um conjunto deles. A pesquisa nessa área ainda é necessária e bastante relevante para entender melhor essas reações alérgicas.

Como o sistema endocanabinóide (SEC) de cada pessoa é único e a farmacologia dos canabinoides é variada e complexa, algumas pessoas podem experimentar efeitos colaterais que outras não apresentam.

Devo me preocupar com os efeitos colaterais da cannabis?

No geral, a cannabis é geralmente bem tolerada e não causa overdose fatal quando usada isoladamente. Há poucos, se houver, substâncias na Terra com o perfil de segurança da cannabis, o que torna seu potencial médico tão empolgante. No entanto, a única maneira de realmente saber o quão segura a cannabis é, será removendo as barreiras para pesquisar a planta adequadamente e sem medo da lei.

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Nota: as informações contidas neste artigo não constituem aconselhamento médico.

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